
Emily Rose é considerada doente pelos médicos que a tratam. Os médicos declaram que trataram de casos semelhantes, em que o paciente tem, ao mesmo tempo, surtos de esquizofrenia, psicose e epilepsia, mas admitem que nem todos os sintomas que a moça tem são previstos.
A prescrição médica que a jovem recebe é tida como de inútil valia pelas testemunhas especialistas da defesa, uma vez que o caso de Emily não seria de ordem natural. Pior, é dito que tais medicamentos são drogas entorpecentes, sedativos que alienam a jovem de suas faculdades de lucidez e auto-governo, tornando impossível sua auto-preservação.
Em certa altura dos acontecimentos, o padre Moore convencido do estado de possessão da jovem a aconselha a parar de tomar os medicamentos, pois os demônios estavam se aproveitando do estado sedativo de Emily Rose. Acontece que a jovem vem a morrer e padre Moore é acusado de negligência e homicídio culposo, e levado à corte.
O julgamento
O debate entre o promotor público, Ethan Thomas, e a advogada de defesa, Erin Bruner, é um espetáculo à parte. Figuras completamente antagônicas: o promotor, se auto-declara "homem de fé", que no filme não tolera a fé alheia; e a advogada, se define como sendo uma agnóstica, mas que na prática não nega a possibilidade da fé. O primeiro só acredita no material, é completamente fundamentalista; enquanto a segunda é aberta ao espiritual, completamente sincera.
Por ser uma história verídica, as discussões na corte tornam o filme ainda mais atraente. Questões como a separação do homem religioso e do homem civil, representando a separação entre o Estado e a Igreja, são comuns em cena.
As atuações da advogada e do padre Moore são de grande exemplo. Ela, crente da possibilidade do caso de possessão de Emily Rose ser verdadeira, abre mão de sua condição de advogada e opta pela fé. Nessa sua generosidade causa de sua futura demissão e em sua opção pela fé, ela encontra a verdade. Por outro lado, Richard Moore comprometendo sua liberdade temporal, não faz cerimônias em buscar antes de tudo o bem espiritual das pessoas que o rodeiam – bom exemplo de Padre.
A revelação
Após Padre Moore ler a carta dela, toda a história ganha um novo ânimo e brilho. Já no fim dos acontecimentos, Emily se encontra diante de Nossa Senhora que a questiona perguntando se ela quer partir naquele momento e ir em paz para os céus, ou se ela quer retornar ao seu corpo possesso e fazer com que muitas pessoas saibam de seu padecimento e venham a crer na existencia de demônios. Emily não hesita e opta por retornar ao seu corpo. Exemplo de generosidade e puro amor. Entre o agora e a hora de sua morte, Emily recebe os estigmas, marcas das chagas de Cristo em suas mãos, marcas que a fariam sofrer muito mais.
No final do filme, o padre Richard Moore em conversa com Erin Bruner lhe explica ter escolhido Filipenses 2:12 como epitáfio do túmulo de Emily Rose, porque Emily uma noite antes de sua morte as pronunciou estas palavras: "Trabalhe em sua própria salvação com temor e tremor."
Elenco
- Jennifer Carpenter (Emily Rose)
- Laura Linney (Erin Bruner)
- Tom Wilkinson (Padre Richard Moore)
- Campbell Scott (Ethan Thomas)
- Colm Feore (Karl Gunderson)
- Joshua Close (Jason)
- Kenneth Welsh (Dr. Mueller)
- Duncan Fraser (Dr. Cartwright)
- JR Bourne (Ray)
- Mary Beth Hurt (Juiz Brewster)
- Henry Czerny (Dr. Briggs)
- Shohreh Aghdashloo (Dra. Adani)
- Mary Black (Dra. Vogel)
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